sábado, janeiro 24

Eu tive um sonho!

Eu tive um sonho!
Foi uma sensação indiscutível e infinitamente maravilhosa. Daquelas que nos faz querer negar a realidade e desejar viver no sonho. Tornar realidade! Mas como se, a origem de todo aquele momento de mim não dependia?

Será mesmo?

Aquele, foi o abraço mais verdadeiro (...) Mais seguro (...) Mais aliviado...
...do achado de uma grande procura.
Minha vida havia sido salva, eu chorei.

Foi o sentimento pleno de um desconhecido que eu ainda não sei.

É só fechar os olhos
que tudo se passa na tela do fundo dos meus olhos!


Essas imagens, eu quero ver,
mas dessa vez,
sem fechá-los ter!

segunda-feira, janeiro 19

Martin Luther King Day

"Passa-se com a alma algo semelhante ao que acontece a água:flui. Hoje está um rio. Amanha estará mar. A água toma a forma do recipiente. Dentro de uma garrafa parece uma garrafa. Porém, não é uma garrafa... Vem em a memória a imagem preto e branco de Martin Luther King discursando à multidão: eu tive um sonho. Ele deveria ter dito antes: eu fiz um sonho. Há alguma diferença, pensando bem, entre ter um sonho ou fazer um sonho."

O Vendedor de Passados - José Eduardo Agualusa

quinta-feira, janeiro 15

Belo Horizonte, 22 de Agosto de 2008 10:10 pm

O antes
As lágrimas que já caíram,
por um longo tempo,
percorreram por canais desconhecidos,
como são amarguradas!

A impotência concretizou-se em dois segundos
entre acelerações e desvios.

Os dedos marcados de dentes
torturam fisicamente o que
a alma já sentia de perto,
foi necessário mais um sentimento de dor
para equilibrar esse coração que já sangra.

Vítimas de injustiças, bem vinda ao mundo.
Essa realidade que lhe é externa
oscila entre percepções e crenças.

Está tudo bem,
está tudo certo,
pra que cobrar o que eu já não se consegue mais?

Será somente uma questão de
vontade,
habilidade,
inteligência?

Esse filme que se projeta,
ganha agora um contraste diferente.

As lágrimas que percorrem, oh
inópia felicidade!

Como entender essa nem tanto efêmera realidade?

domingo, janeiro 11

With or Without Horizon



Espero ansiosamente pelo novo álbum do U2 que será lançado no dia 02 de Março e terá influências de Led Zeppelin e Jack White. O que quer que “No Line on the Horizon” signifique (talvez uma abordagem da conjuntura global), esse nome me fez lembrar de como o horizonte belo horizontino mudou essa semana. Um horizonte real e incrivelmente belo nos acerca no crepúsculo (também nome de um filme-sucesso esses dias) após dias, em que, acima de nós persistia um céu acinzentado com longas chuvas que arruinaram e mudaram muitas vidas.


E é de vidas que se trata o novo filme de Gabriele Muccino, “Seven Pounds”, “Sete Vidas” e que traz o ator Will Smith. Há quem diga que foi um dos filmes que mais lhe fizeram chorar. Bem, apesar de reconhecer a atitude do personagem Ben Thomas em salvar vidas, enquanto a sua, para si próprio, não fazia mais sentido – perdeu-se o horizonte –, o filme não derramou, em mim, nenhuma lágrima. Desde o início o ambiente predominante é de inópia felicidade, e talvez tenha me sentido dessa forma. Porém, acredito que talvez tenha se forçado a barra demais, o filme segue o caminho oposto de início, meio e fim no que se diz respeito ao que o filme traz de sentimental, mas isso não precisava ser completamente exposto da forma que foi. A história com certeza traz um exemplo, Will Smith é um bom ator, faz seu trabalho direitinho, mas em termos de produção cinematográfica credito não muitos méritos.


Assistam e tirem suas próprias conclusões.

segunda-feira, janeiro 5

O início de um fim

Acredito que escolhi o período certo para iniciar minhas postagens, principalmente aos adeptos da crença de que no ano novo, um ciclo se inicia. Indubitavelmente, o mundo segue uma ordem e, é nesse início de ano que criamos a nós mesmo um milhão de metas a serem alcançadas. Este aqui presente é uma dessas minhas metas. Eu o faço para mim mesma, como meio de talvez expor o meu eu - lírico - se é que irei aqui pluralizar meus sentidos -, conversar comigo mesma, expor idéias ou simplesmente transformá-lo num diário de uma menina que já não é mais tão menina. Tudo isso só poderá ser conceituado pelo tempo, que irá tratar de criar uma estrutura para então ser definido ou ... indefinido.
Atrás de “Ruby in the Sky with Diamonds” existem diversos significados que talvez só façam sentido para aquela que um dia pensou em trocar umas letrinhas numa música dos eternos Beatles. Sim, desde já declaro que, eles são o máximo. Um máximo no finito que é nada mais nada menos que nada pouco. Mas tentando-se ao menos decifrar algo, de repente deve-se esquecer de árvores de tangerina, flores de celofane, cavalos de pau ou tortas de marshmelow, o que quer que isso signifique, já que quando para a quem realmente importa (?) pode ser algo mais simples ou mais complicado que isso. Bytes e bytes poderão ou não ser gastos com isso.
As primeiras horas de 2009, de forma nada inédita, estão regadas de objetivos a serem alcançados, objetivos sendo alcançados, e objetivos já alcançados. A dúvida, a luta e a glória.
Temos uma nova administração de uma suposta potência, o estouro de uma crise prevista sob óculos embaçados de um cálculo custo-benefício, guerras e conflitos em diversos estágios, genericamente incitados por também uma tragédia dos comuns, o preconceito. Nada de surpresas quanto à reação da Natureza gerada pela ação do Homem - água muita água, barrosa, chorosa e abundante... Uma novidade é saber que, depois de uma assinatura portuguesa, essas idéias que aqui expor-se-ão daqui a pouco não passarão de ideias que o software antiquado insiste em pontuar.
Já diria um Pequeno Príncipe de luz e travesseiro que “o essencial é invisível aos olhos” e é por isso que eu termino no início, dizendo que os envios destas palavras, só realmente se verão “bem com o coração”.
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Bechara
Hardin
Lennon/McCartney
Mearsheimer
Newton
Saint-Exupéry
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