Estava a perceber uma árvore cujo nome e espécie fogem da minha capacidade de percepção, mas que seus galhos eram altamente contorcidos em si mesmos quando pensei que se tivesse sido criada pelo homem comum seus galhos seriam indubitavelmente retos e previsíveis. Em meados de inverno, porém, algumas flores amarelas desabrochavam por entre as poucas folhas em um galho à reboque e bastante fragilizado, fazendo o serpentear perante a ventania. E foi quando, escondido por entre os galhos da árvore que, na minha perspectiva à frente se apresentava, eu novamente me acertei. De que, se aquela árvore fosse efetivamente plantada e preservada pelo homem e somente lhe restasse a opção de preservar poucas flores, aquele belo ramo estaria no topo, aparente, expressivo, estratégica e belamente posicionado, o que o faria significar o ponto mais importante do ser.
Mas, aquela árvore apareceu ali sabe se lá como, sabe se lá quando, saber se lá por que e eu me sinto profundamente desapontada em estar aqui, escrevendo numa folha que um dia fora uma árvore, agora revestida de improfícuos pensamentos, quando, na verdade, nada do prazer que aqui se origina se compara ao encanto de vislumbrar, aqui, bem na minha frente, esta bela, e única, paisagem.