quinta-feira, setembro 17

Uma ilusão de devaneios diários



Acordar para um novo dia. Espreguiçando sem compromissos, sem muitas responsabilidades. Contando com apenas um sonho.
Acordar e se sentir livre, escolhendo os próximos passos a dar, com tal liberdade a fazer parecer escapar da rotina de qualquer dia comum.
Olhar para o alto e ver a imensidão que só um sonhador consegue ser capaz de enxergar. E voar, voar, voar. Sem pisar no chão, imaginar.
Parecer e mais ainda, entender a vontade como algo tangível, algo belo e nada perecível.
Um sonhador ao se despertar se sente assim. Todos os dias. Bem longe ou bem perto de sonhar, bem longe ou bem perto de alcançar.
Não tem medo, não tem receio, não tem temor.
Sinonimamente romanesco e nada idealizador.

sábado, setembro 12

O mundo da oferta naturalmente apimentada pelo chocolate

E essa endorfina que corre pelas veias de dependência possui o poder de mudar o mundo. Se é que se tenha uma solução para todos os problemas, acredita-se que a solução teria esse nome. Mas ela anda escassa, não se torna tão presente quanto no mundo das fantasias e se é que falta alguma coisa nos outros mundos seria exatamente essa. Que eu ria hoje melhor do que ri ontem e pior do que rirei amanhã, este não é o lema que muita gente poderia ter nos últimos tempos. O “riar” está entre crise, entraram em colapso os bancos de endorfina. Mas acreditam que ainda sim é possível surfar nessa marolinha inópia de risadas. Hormonam-se sem que seja preciso de uma sina intervenção. Refiro-me a algo que definitivamente não tem preço, não tem comércio, não tem negócio. É free.
P.S.: Procurem sobre a Terapia do Riso.

quinta-feira, setembro 10

Coisa de Cliente


“Já que o horário de funcionamento das lojas quase se esgota acho que vou passar primeiro na relojoaria e depois na farmácia”, pensei. Decidi entrar na relojoaria e afins tradicional no bairro de uma família japonesa. Ao entrar, estão lá como sempre a família reunida, desta vez somente o casal de meia idade.
_ Boa Noite! Preciso de duas baterias destas! Vocês têm?
Entregando-as a mulher e ela sem tirar o olho da televisão, que passava uma novela de uma rede famosa, ela as passa para seu marido. Ele, sem testar a carga das baterias diz:
_ Seis reais cada.
Embora estivessem somente um real mais caras que da última vez, há muito, pensei em pechinchar:
_ E com desconto?
A japonesa que parecia alheia à situação, preocupada em saber o desenrolar da história que se passava na TV, surpreendentemente responde:
_ Ali em baixo é mais barato!
_Ahn? Como é que é?
E com toda seriedade:
_ É lá em baixo, nos camelôs daqueles meninos é mais barato.
O marido balança a cabeça contestando com uma risadinha:
_ Mas não presta!
_ Ok, muito obrigada! – Shhh.
Eu sabia que não prestava. Fui lá porque queria um bateria made in Japan, e motivada tradicionalmente pelo comércio deles. Enfim, sai da loja e a “lei” da concorrência falou mais forte. Fui à loja ao lado, do mesmo departamento e comprei as mesmas baterias, sem diferença de preço e sem desconto, infelizmente. Porém existe algo que é extremamente importante na lógica do comércio, a negociação e mesmo que não seja possível ceder por que talvez o lucro seja pequeno, a cortesia. Perder demanda desta forma é realmente fácil.

segunda-feira, setembro 7

Depois de Independência ou Morte, Males do Século XXI

TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE
TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE
TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE
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TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE TUDO PODE
VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE VOCÊ PODE.

quinta-feira, setembro 3

Participação Especial: Carolina Neves da Cruz


Fustigado pelas sombras do dia

.
Não sei onde tudo me acaba
Se parto, se fico
Agora não faz mais sentido
Eu não sei onde me acho
O que cabe a mim do céu
É o teu pedaço
O pedaço de ti, não dele
O que cabe da terra, é vagar insossa
Olhando tudo
Com olhar de bêbada
Tomando cuidado de não esbarrar em nada
Teu segredo
Não mais oculto
Mas continua guardado no meu peito
O teu gosto,
Nunca tive o suficiente (ainda bem, não deixaria nada de ti)
Ainda alimenta o meu desejo
Deixa a boca cheia d’água
Os olhos também
.
Carolina Neves da Cruz