O que ela sente? O que ela faz? O que ela sabe? Sabe nada. Faz pouco. Sente tudo. Por isso mesmo parece estar confuso tudo o que um dia certamente afirmaria estar certo, ser verdadeiro. Cai novamente no vale do vale nada, vale tudo. E o que é que é mais importante não sabe. Se descreve, se conta, se chora, se ri, se prende ou se voa. Para onde vai se fica a lamentar o para onde não foi. Se fica, vai e se vai, fica. Não sabe, não sabe, nem tenta se sabe nem sabe se tenta. Óh! Inópia permanente felicidade presente. Se fora ontem que fez ou se é amanhã que destrói. Deixa levar num vai e vem de palavras esquecendo o que se foi, vindo o que se vai. Não é ela, ou a é! E se fica vai levando e vai ficando e vai vindo e vem indo. E ela sabe que sente o que fez e sente que sabe o que não fez. Se chora? Se ri? Ela vai levando.
Fig: Composição minha com Norman Rockwell, labirinto recoloridos em tom claro de vermelho 1
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