O postado anterior iniciou-se em uma discussão e tomou outros rumos não previstos, porém, em contrapartida, vieram em boa hora. Agradeço honrosamente a presença de um amigo na discussão, e foi por essa repercussão que a discussão se segue. Retomando, eu disse que, “milhares de pessoas deram, dão e darão suas vidas para a descoberta da verdade através da ciência”, e que a verdade é algo inexistente, inalcançável, talvez, pensando agora, talvez tanto quanto a realidade. Bem, foi colocado na repercussão que a ciência é um meio e não propriamente um fim, válido, muito válido e concordo. Interrogo-me, será que a ciência não seria nada mais que uma arte, em que se resguarda a tentativa humana de negar suas origens subjetivistas, isto é, negar o indivíduo, e tentar – utopicamente, ou talvez não – criar uma “arte” isenta de opinião? Acho que vale considerar que tudo isso é uma questão de percepção e ainda, pautar tudo isso de acordo com onde se deseja chegar com isso. O meu amigo disse que “ela é apenas uma das manifestações das capacidades humanas, não o todo, e muito menos a mais importante”, genial, o ponto é exatamente esse. Já o que ele considerou em seguida, como o meio falho de se chegar na verdade, talvez seja não a questão do método, mas a questão das considerações, talvez também, os tão ditos, níveis de análise. Acho muito válido, e quero utilizar dessa “arte” para tentar aperfeiçoar o mundo, torná-lo um lugar em que todos tenham oportunidade e sei lá, vivam felizes? Acredito que não só a ciência coopera para isso. Nenhuma arte deve acabar, e nunca vai acabar enquanto existir o homem. O que devemos pensar é, desde quando os valores de homem, propagados pelos os ocidentais seriam os que nos levariam ao desenvolvimento. Até mesmo a noção desenvolvimento implica nisso. Ser desenvolvido, civilizado é ser ocidental, compartilhar esse costumes, e desde quando eles são melhores ou piores? Como já disse é uma questão de DIFERENÇA. A tentativa que deveria ser levada ao mundo, aos orientais talvez, deveria ser a de coexistir sem que nenhuma diferença impeça o “crescimento” do outro, impeça a ação da “cultura” do outro. É daí, que se desencadeiam muitas outras coisas, como por exemplo a questão de ter valores que são altamente conflitantes, ora é daí que seria passível de utilizar de uma liberdade civil? Talvez essa seja também, não tão infelizmente uma discussão eterna, em que é difícil, ceder, trocar, respeitar, mas são características humanas. Bem, parar-me-ei por aqui, essas dúvidas são acompanhadas também de muitas limitações. Apenas finalizando, se é que a dicotomia é uma das coisas que se tem no mundo, lembro que para existir o mal, basta existir o bem, para existir injustiça só basta existir a justiça, para existir o Ocidente, basta existir o Oriente.
quinta-feira, fevereiro 26
sexta-feira, fevereiro 20
Da Doce Convicção
Estou convicta de que o que Rubem Alves diz sobre a convicção é verdadeiro. Essa minha primeira sentença refutaria bonito tudo o que se segue. Até se eu dissesse que estou convicta de que nunca estou e nem quero estar convicta seria uma contradição inerente a própria discussão. A convicção ao meu pensar deste momento, – amaparada geniosamente pelo filosofar do citado e convictamente mutável – deveria estar bem próxima de infinito e utopia, ela - talvez - não exista. Nada que sei é que nada sei. Ficaria melhor assim. Milhares de pessoas deram, dão e darão suas vidas para a descoberta da verdade através da ciência.
Para essa busca incessante, penso, na “verdade”, é que a verdade é sinônimo de inalcançável, inexistente, e a realidade é sinônimo de complexa ou completamente “indescobrível”. As percepções e a harmonia estão juntamente ligadas a isso. A primeira é indiscutivelmente a origem dessa infinitude, desde e até que exista o homem ela será infinita. E a falta da última é capaz de fazer um estrago enorme em todos os aspectos que permeia o meio da estrutura. A questão é que, sendo convicto da veracidade, até mesmo de determinada teoria, “convictua-se a inocência e limitação da própria capacidade de percepção do indivíduo”, esse é o ponto, a dita percepção, é sua, não é capaz de ser melhor nem pior, apenas, diferente. E é aí, a partir da negação real dessa idéia, isto é, do preconceito que se volta na questão inicial. A “solução”, o cabível seria a harmonia, a coexistência. Mas isso são muitas outras histórias. Veremos!
Para essa busca incessante, penso, na “verdade”, é que a verdade é sinônimo de inalcançável, inexistente, e a realidade é sinônimo de complexa ou completamente “indescobrível”. As percepções e a harmonia estão juntamente ligadas a isso. A primeira é indiscutivelmente a origem dessa infinitude, desde e até que exista o homem ela será infinita. E a falta da última é capaz de fazer um estrago enorme em todos os aspectos que permeia o meio da estrutura. A questão é que, sendo convicto da veracidade, até mesmo de determinada teoria, “convictua-se a inocência e limitação da própria capacidade de percepção do indivíduo”, esse é o ponto, a dita percepção, é sua, não é capaz de ser melhor nem pior, apenas, diferente. E é aí, a partir da negação real dessa idéia, isto é, do preconceito que se volta na questão inicial. A “solução”, o cabível seria a harmonia, a coexistência. Mas isso são muitas outras histórias. Veremos!
domingo, fevereiro 15
“A vida é o interminável ensaio de uma peça que nunca se realizará”
O melhor mundo é o que está dentro da nossa cabeça, e por mais alheio à realidade ele possa aparecer, ele é simples. “O fabuloso destino de Amelie Poulain” é exatamente este mundo, demonstra que não é preciso – no sentido de precisão – saber viver. Vivo, se fosse preciso, certo, dado, não haveria necessidade de sê-lo.
Se se realizasse, a maior decepção ocorreria.
Final do Filme
Se se realizasse, a maior decepção ocorreria.
Final do Filme
quarta-feira, fevereiro 11
A fracassada tentativa de uma complexa descrição
Se é que existe declaração de amor, existe declaração de amizade. E é por isso que eu declaro que a Ana é uma das pessoas mais maravilhosas que já conheci, talvez a única, fora daqueles que sustentam o meu leito. Seu sorriso, uma pintura clássica da alegria, me faz ter lá certezas de que, ela sabe que aquela felicidade de que todos desejam alcançar num futuro próximo é vivido a cada dia, porque a nossa vida não é nada mais que hoje. Os olhos, são sua janela da alma como de todos nós, e é justamente por isso que ela se faz diferente. Não há dimensão de obstáculo o bastante para retirar, se quer, algo próximo de zero dos sentimentos que ela guarda. Funcionaria melhor se, mais do que tentar explicar que os constituintes dela a fazem uma pessoa melhor, é tentar resumi-la a algo digno dela. Poderia ser um anjo, mas não seria justo, pois este eu não conheço. Poderia ser um sentimento, mas verossímil não ficaria. Talvez, seria melhor tentar numa filosofia de vida. Mas aquela santina de, ser hoje melhor do que ontem e pior do que amanhã, é incabível já que ela sempre é boa. Eu acho mesmo é que não dá pra resumir o que não se foi feito para ler. Bem, esse é o segredo. Nem uma graça teria se eu já soubesse como seria, como serei. Serei porque ela própria criou, o que tudo seria a inspiração de outrem, a minha.
Se é que existe a declaração de amor, existe a declaração da amizade. E é por isso que declararei que ela é uma, das pessoas únicas que eu já conheci.
Frase removida pela autora. Protolado Pág. 4
Rúbia Rodrigues - 13h - 11 e Fevereiro de 2009
domingo, fevereiro 8
Não confie nas coisas ou pessoas que parecem merecer
Uma das primeiras lições que nossos pais nos ensinam na vida é a de não conversar com estranhos. No princípio, conseguimos seguir essa primordial instrução, mesmo que inicialmente temos a impressão de estarmos sendo rudes ou injustos com o mundo, que por sua beleza parece ser confiável. Vemos, ao longo do tempo, nossos próprios pais conversando com pessoas que muitas vezes não conhecem, nada de errado acontece. Ao longo do tempo, timidamente, fazemos contato com pessoas estranhas e muitas das vezes descobrimos pessoas maravilhosas. Pensamos: como privar-nos de conhecer maravilhas como essas? E por mais incrível que possa parecer poderemos até nos culpar por ter sido tão desconfiado com alguém que não merece tal desconfiança, afinal, quão justa ela é! Mas nem tudo são flores, por meio das rosas, existem os espinhos – que metáfora injusta com as flores! Existem aqueles que se aproveitam da inocência humana, seja por psicopatia ou outra enfermidade qualquer.
Percebemos que, a beleza pode vir de diversas formas: pode ser só e somente só externa, pode ser transcendida de dentro para fora e, pode ser externa e surpreendentemente também interna. Passamos a crer que o mundo não é tão difícil de lidar, que não é preciso se privar de relações para evitar que algo de indesejável nos aconteça como alertavam nossos pais quando éramos pequenos. Erramos. De repente, caímos em uma bela emboscada. Aquela beleza que nos seduz, aquele brilho que chama a todos ao seu próprio encontro não passam de uma máscara.
Uma maioria qualificada do mundo vive de máscaras, ou até mais que isso. Seja para parecer belo, seja para seduzir-nos e nos fazer de bobos, ou qualquer outro fim. Ao andar na rua, imagino-me num baile de máscaras “medievalense”. Nem as coisas e as instituições negam-se a participar dessa festa. O mundo não é somente uma guerra de todos contra todos, mas sim, de tudo contra tudo. Coisas e instituições são usados pelo homem para não cooperar para o bem comum. Pensar dessa forma pode soar muito pessimismo, imaginemos nós em uma vala escura e toda a realidade externa com suas belezas e injustiças fora de nosso alcance. Não desejamos viver assim, queremos estar junto à realidade por mais que ela não seja aquele paraíso que gostaríamos que ela fosse. E é por isso, que, tudo isso pode ser transformado em uma queda na nossa própria realidade. O desconhecido é pitoresco, não tiremos a razão de vivê-lo. E mesmo com todas essas características, muitas vezes denominadas de imperfeições, por mais que não gostemos, queremos vivê-las. E a realidade é perfeita, a natureza é perfeita, o que é imperfeito é o homem, o que é imperfeito é a razão.
Percebemos que, a beleza pode vir de diversas formas: pode ser só e somente só externa, pode ser transcendida de dentro para fora e, pode ser externa e surpreendentemente também interna. Passamos a crer que o mundo não é tão difícil de lidar, que não é preciso se privar de relações para evitar que algo de indesejável nos aconteça como alertavam nossos pais quando éramos pequenos. Erramos. De repente, caímos em uma bela emboscada. Aquela beleza que nos seduz, aquele brilho que chama a todos ao seu próprio encontro não passam de uma máscara.
Uma maioria qualificada do mundo vive de máscaras, ou até mais que isso. Seja para parecer belo, seja para seduzir-nos e nos fazer de bobos, ou qualquer outro fim. Ao andar na rua, imagino-me num baile de máscaras “medievalense”. Nem as coisas e as instituições negam-se a participar dessa festa. O mundo não é somente uma guerra de todos contra todos, mas sim, de tudo contra tudo. Coisas e instituições são usados pelo homem para não cooperar para o bem comum. Pensar dessa forma pode soar muito pessimismo, imaginemos nós em uma vala escura e toda a realidade externa com suas belezas e injustiças fora de nosso alcance. Não desejamos viver assim, queremos estar junto à realidade por mais que ela não seja aquele paraíso que gostaríamos que ela fosse. E é por isso, que, tudo isso pode ser transformado em uma queda na nossa própria realidade. O desconhecido é pitoresco, não tiremos a razão de vivê-lo. E mesmo com todas essas características, muitas vezes denominadas de imperfeições, por mais que não gostemos, queremos vivê-las. E a realidade é perfeita, a natureza é perfeita, o que é imperfeito é o homem, o que é imperfeito é a razão.
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