sexta-feira, maio 1

Pelos meios


O fim é a preocupação da sociedade. A morte, o amor, a festa, a sobrevivência, a dor. De todos os fins, o único que se justifica é o amor. As razões são muitas, a principal delas é sua perfeição e seu sentido, no indivíduo, no outro, na família, no mundo.
Os fins são tristes porque são fins, os fins são alegres porque nos realizam e nos gratificam pela luta e pela vivência. Porém, o fim só ganha sentido pelos meios. São aos meios, a luta e a vivência, que se devem comemorar os fins.
Todo mundo vive os meios, ninguém sente os meios. É como olhar o horizonte e não enxergar os pés que pisam o chão.
Os meios são imperfeitos e por isso são dignos de perfeição. Para morrer basta estar vivo, para existir felicidade é preciso saber o que é a tristeza. Para viver o fim é preciso passar pelos meios. A tristeza não faz mal, o bem faz mal.
A vida é um meio, o sonho é um fim. Se deve sonhar, mas é preciso viver. Na realidade ou no sonho. A realidade não é nada mais que um sonho. As realidades são sonhos, realidades.
Existem indivíduos e indivíduos. Somos todos iguais e diferentes. Nós compartilhamos meios e fins. E por isso, talvez, sejamos tão importantes e indiferentes uns aos outros.
Nada disso fará sentido se não antes sentir e, vivê-los, os meios e os fins.
Fim.


Orgulho e Preconceito é um filme que mostra a vida, como são importantes os meios, e como não se preocupam com os fins. Se não fosse aqui, discorreria linhas e linhas, imagens e imagens, experiências vividas e sentimentos.


Conheçam Jane Austen. O filme foi baseado em seus romances.


Há quem não perca tempo, acredito ser impossível fazer grandes feitos quem não se preocupe com tão pequenas coisas. Acrescentaria que o amor é mesmo humilde, mas não reduziria isto a somente sentimentos.

Um comentário:

  1. Muito bonito o texto! Comecei a ler, e aí, cheguei no fim e vi Jane Austen, sou encantada!, adorei!! ;)

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