O silêncio do quarto faz salientar a música cantarolada pelos ponteiros do relógio. Bona sempre gostou da parte em que entregava seu eu àquela sinfonia dos deuses nada angustiante para ela. No fio de luz que a faz enxergar seu quadro, ela conversa com Napoleão que a ensina a ciência do emprego do tempo e do espaço – a estratégia. TIC, o tempo perdido, TAC, jamais pode ser resgatado. TIC, esse é um segundo, TAC, esse já não o é mais. Ela se sente num imenso mar de desperdício de tempo, bem no redemoinho que suga todas as gotas de segundo que a presenteia.
Aquele pingo d’água trouxe a esperança do futuro e a renovação do presente. Para ela realmente nada daquilo era tempo perdido. Seu espaço era sempre limitado, mas seu tempo era sempre infinito. Ela fazia seu tempo, e o tempo fazia ela. Estrategicamente. Talvez fosse isso o porquê dos outros não saberem utilizar seu próprio tempo tanto quanto ela. Não era privilégio, era estratégia e era arte só porque era também, ciência.
Ela tinha um céu estrelado em seu quarto e sempre dormia num céu com diamantes. Era só jogar luz no mesmo globo que é usado onde as pessoas se divertem. As luzes ao redor faziam um ambiente maravilhoso para ter belos sonhos. Tirava algum tempo para ao invés de tê-los, trocar seu globo solitário para ver os outros se divertindo. Tinha um imenso prazer em interromper seu balançado e simplesmente olhar os esqueletos se mexendo a sua volta. Ela sempre achou esse momento o máximo. Um máximo no finito que é nada mais nada menos que nada pouco. O tempo e um espaço, sustentado por um ritmo além dos segundos de um relógio. Por isso, o tempo perdido não pode ser resgatado como o tempo.
Por um momento ela deixou de ser jovem e quando voltou, com medo ficou de estar velha. Será que com mais idade teria perdido a noção do tempo? E quanto ao espaço, será que ainda continuaria sendo mesmo? Pelo sim ou pelo não, a infinitude estava naquela sinfonia dos deuses. Por isso, pelo agora ou pelo sempre, pelo tempo ou pelo espaço, talvez ela continuaria agindo da mesma forma. Não era privilégio, era estratégia e era arte porque era também, ciência.
Aquele pingo d’água trouxe a esperança do futuro e a renovação do presente. Para ela realmente nada daquilo era tempo perdido. Seu espaço era sempre limitado, mas seu tempo era sempre infinito. Ela fazia seu tempo, e o tempo fazia ela. Estrategicamente. Talvez fosse isso o porquê dos outros não saberem utilizar seu próprio tempo tanto quanto ela. Não era privilégio, era estratégia e era arte só porque era também, ciência.
Ela tinha um céu estrelado em seu quarto e sempre dormia num céu com diamantes. Era só jogar luz no mesmo globo que é usado onde as pessoas se divertem. As luzes ao redor faziam um ambiente maravilhoso para ter belos sonhos. Tirava algum tempo para ao invés de tê-los, trocar seu globo solitário para ver os outros se divertindo. Tinha um imenso prazer em interromper seu balançado e simplesmente olhar os esqueletos se mexendo a sua volta. Ela sempre achou esse momento o máximo. Um máximo no finito que é nada mais nada menos que nada pouco. O tempo e um espaço, sustentado por um ritmo além dos segundos de um relógio. Por isso, o tempo perdido não pode ser resgatado como o tempo.
Por um momento ela deixou de ser jovem e quando voltou, com medo ficou de estar velha. Será que com mais idade teria perdido a noção do tempo? E quanto ao espaço, será que ainda continuaria sendo mesmo? Pelo sim ou pelo não, a infinitude estava naquela sinfonia dos deuses. Por isso, pelo agora ou pelo sempre, pelo tempo ou pelo espaço, talvez ela continuaria agindo da mesma forma. Não era privilégio, era estratégia e era arte porque era também, ciência.
Fig.: A Persistência da Memória (1931) , de Salvador Dalí. 24 x 33 cm. The Museum of Modern Art, New York.