sexta-feira, junho 26

Dose de devaneios doentis


39,5 graus Celsius. Temperatura fora do normal, soberania física insegura. A causa são esses bárbaros bacterianos invasores. Em um clima seco faz aumentar a procura por um território quente e úmido para se sobreviver e se propagar.
19 Anos. Corpo saudável e bem alimentado, porém, com imunidade abalada. Talvez fosse um estresse físico, mental e psicológico juntando-se com uma gripe imperceptível, fazendo com que a minha vida virasse de cabeça para baixo.
A febre incessante sinalizava os 2/3 do pulmão esquerdo comprometido. O corpo é nada mais que merecedor de uma repentina internação. Foram 7 dias de tratamento intenso que o corpo jovem e saudável respondeu progressivamente bem. A pneumonia aguda inédita e inesperada assustou, e assustou muito. No início, muito susto e muito choro acalmados por visitas de pessoas queridas, boa alimentação e bons cuidados profissionais. Foi então aí que percebi que preciso mudar muitas atitudes, tiras alguns males e introduzir muita bonança. Mais que preocupar em construir um bom futuro incessantemente é preciso viver de forma saudável e sustentável no presente. O futuro virá bem se equilibrado deixar o presente. Talvez erradique alguns picos de estresse, excessos acadêmicos e maximize mais o descanso, a diversão e demais prazeres da vida.
Venci. Venci esses bárbaros invasores e fiquei com medo da resistência. Talvez por isso seja a primeira vez que esse orgulho presente demonstre um grande sentimento de vitória. Uma vitória de algo que testou meus limites e me fez pensar na condução da minha vida. Vida essa, essa nossa vida que parece ser forte e possante, mas que é frágil em muitos sentidos.
Além de um pulmão que ficará em recuperação nos próximos dias e meses, tratarei do meu coração e equilibrarei a preocupação com o cérebro, com o intelecto. Para o infinito e além, regarei os campos da minha fé.
Afinal, equilíbrio é o necessário, não é? Precisamos de tudo isso para viver, eu preciso disso. Essa nossa “nada mole vida”, cheia de valor e vulnerabilidade. Mas esses três “v”s – vida, valor e vulnerabilidade – que se interligam de tal forma a se confundir num mesmo ser, são outra história.
Carpe Diem. Oremos. Amém.

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