Ela estava lá. Lá estava ela. A figurar dentro do ônibus, um mundo diferente. Fecham-se involuntariamente seus olhos com a luz do Sol que penetra. O Sol, “ah como ele faz bem e não é egoísta em compartilhar de sua beleza”. Ela lembra como o bem faz mal. E ao redor, os olhares. Assim como tostada ao Sol, ela seca diante essa situação de constrangimento do seu eu radiante. Mas diante dela a canção exteriorizada de uma mulher a faz pensar que não era a única a recuperar-se à energia do Sol. “...Olha para mim Senhor, como eu preciso do teu olhar, do teu olhar...” As lágrimas não se seguram e caem brilhantes à luz predominantemente penetrante. Aquela melodia significatica, ritmizada e repetida acompanhou todo um trajeto em caminhos que ela já não conhecia mais. Ela afinal estava confusa porque tudo que pensava ela já pensava o contrário. E lá estava aquela mulher trazendo consigo um mundo completamente diferente. Ela levanta-se e sai. A outra reposiciona-se em seu lugar. E acompanha até perder de vista aquela sofrida imagem com a alegria mais radiante que nunca outrora havia presenciado. Apenas aqueles olhos importavam apenas aquele brilho, cheio de fé, cheio de vida, cheios de luz.
Fig.: A Primavera, 1478, Botticelli. 203 cm x 314 cm. Galeria Uffizi, Florença
Eu também estava lá. Estava a repará-la. Pensei em perguntar se precisava de ajuda ou se passava bem. Mas resolvi apenas observar o acontecimento dos fatos.
ResponderExcluirA lágrima correu toda a extensão de sua face e veio gotejar em cima de sua coxa.
Mas não parecia uma lágrima de tristeza, nem de alegria. Era uma lágrima por si só.
Ela levanta-se resoluta, determinada. Desce pela porta e se mistura em meio a multidão que passava na rua...
Boaaaaaaaaaaaaaa
ResponderExcluirEstou adorandooo essas participações especiais